Estudos relacionados a amamentação e COVID-19 até hoje não trazem evidências de transmissão vertical (transmissão da mãe para o bebê na gestação ou durante a amamentação).
De uma forma simples e objetiva, a hiperlactação é a produção excessiva do leite materno. Ela ocorre quando a mãe libera uma grande quantidade do hormônio chamado prolactina, que é responsável pela produção do leite.
Uma das causas de dor muito comum que as mães enfrentam durante a amamentação é a obstrução dos ductos. Isso ocorre quando o leite produzido em uma determinada região não é drenado corretamente, ou seja, quando a mama não está sendo esvaziada corretamente. Pode acontecer devido a pega incorreta em que o bebê não consegue extrair o leite de forma eficaz, ou a baixa freqüência de sucção ao seio, por isso a importância da amamentação em livre demanda. Outra causa freqüente da obstrução de ductos é a pressão exercida em alguma região, devido ao uso de sutiãs ou roupas muito apertados, ou o uso de cremes e pomadas, tampando assim os poros de saída do leite (falamos mais um pouco sobre o uso de pomadas e cremes nesse outro texto).
O ducto entupido provoca nódulos localizados, sensíveis e dolorosos, com vermelhidão e calor na área envolvida, e em geral não vem acompanhado de febre. Frequentemente está acompanhando de um pontinho branco, às vezes imperceptível no mamilo, que pode ser muito doloroso na hora de amamentar.
O melhor a se fazer é prevenir a obstrução dos ductos. Por isso é importante o manejo correto da amamentação, como já falamos anteriormente, amamentar em livre demanda, pega correta, e esvaziamento completo das mamas. Evite o uso de sutiãs muito apertados, assim como pomadas e cremes. Se mesmo assim você apresentar um quadro de ducto obstruído, é importante resolver logo para não evoluir para uma mastite. As medidas para o desbloqueio são as seguintes:
Vale lembrar que essas dicas não substituem uma consulta presencial. O diagnóstico deve ser feito por um profissional e a conduta é individualizada de acordo com cada caso. Estamos à disposição para ajudá-la!
No início do mês, tive o prazer de participar de um bate papo com o Rafael Andrade do portal Sem Choro. Nessa conversa agradável e descontraída, dei algumas dicas básicas, mas importantíssimas sobre amamentação. Para os pais de primeira viagem, está imperdível.
Os principais assuntos abordados na conversa foram:
Como se preparar para amamentar
Principais benefícios da amamentação
A importância da livre demanda
Entre outros.
Quem ainda não ouviu, vale a pena conferir neste link aqui. Aproveitem para conhecer o portal Sem Choro e seu clubinho de vantagens. Os associados ao clubinho tem uma série de benefícios como descontos, brindes e promoções relacionados a produtos e serviços do segmento infantil. E é claro, fazemos parte também!
Em caso de dúvidas ou dificuldades com amamentação, entre em contato comigo. Estou á disposição para ajuda-los!
A maioria das mulheres é vaidosa e gosta de se cuidar, não é mesmo? E não é só porque está amamentando que vai deixar de se sentir bonita. Mas eu posso utilizar cosméticos durante a amamentação sem riscos de prejudicar a saúde do bebê?
O Ministério da Saúde classifica o uso de cosméticos durante a amamentação em três grupos: uso compatível com a amamentação, uso criterioso durante a amamentação e uso contra indicado durante a amamentação. Isso significa que os de uso compatível são seguros para serem utilizados durante a amamentação; os de uso criterioso devem ser usados avaliando-se o risco/ benefício, durante o menor tempo e a menor quantidade possíveis; e os contra indicados não devem ser utilizados pelo risco evidente de efeitos colaterais. Estes mesmos critérios são utilizados para classificar o uso de medicamentos e outras drogas e substâncias, como já falamos um pouco mais aqui.
Uso compatível com a amamentação:
Uso criterioso durante a amamentação:
Uso contra indicado durante a amamentação:
Caso ainda tenha alguma dúvida, converse com seu obstetra ou pediatra de seu filho. É sempre bom ter o respaldo de um profissional competente antes de tomar suas decisões. E lembre-se que as dicas que damos aqui, não substituem uma consulta.
Link para o material do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_2ed.pdf
Diferente da maioria dos outros animais, o ser humano não nasce apto a andar, não fala, não enxerga, não tem capacidade de interpretar os sons, não senta, não sustenta a cabeça e não tem capacidade de se alimentar sozinho. Ou seja, ele nasce totalmente dependente da mãe e as vezes só quer peito o tempo todo.
O antropólogo Ashley Montagu criou a teoria da exterogestação, que tem sido amplamente divulgada pelo pediatra Harvey Karp. Essa teoria nos diz que a gestação não dura somente 9 meses, mas sim 12, sendo os últimos 3 no ambiente extra uterino. Esse período seria a transição do bebê de dentro da barriga da mãe para a vida aqui fora e sua adaptação.
Quando nascem, os bebês ainda não sabem que são seres separados da mãe. Para eles os dois são um ser só. Além disso, vieram de um ambiente totalmente escuro, onde ficavam bem apertadinhos, ouviam os sons internos e a voz da mãe e recebiam alimento o tempo todo via cordão umbilical. Por isso é comum o bebê querer ficar grudadinho na mãe, ele ainda não se reconhece como ser distinto. E isso nos dá a impressão de que ele quer peito o tempo todo.
A resposta é simples: procure estratégias que o façam remeter ao ambiente intra uterino. Desta forma ele se sentirá seguro e vai descobrindo aos poucos que ele e a mãe são seres separados.
Fazer o casulinho com o bebê é ótimo! Ele se sentirá como se estivesse dentro do útero, bem apertadinho.
Como fazer o casulinho com o bebê
Outro ótimo aliado é o sling. Com ele, você terá as mãos livres para realizar outras tarefas enquanto o bebê fica grudadinho em você o tempo todo. Ele estará ouvindo o seu batimento cardíaco, assim como ouvia dentro da barriga. Estará regulando a temperatura corporal de acordo com a sua. Você sabia que isso ajuda a evitar cólicas? Os bebês se desgastam muito tentando ajustar a temperatura corporal sozinhos, o que acaba gerando gases e desconforto abdominal! Isso também favorecerá a amamentação, pois a proximidade do seu bebê estimula sua produção de leite e ele poderá mamar a qualquer momento.
Como o bebê fica posicionado no sling
Por falar em amamentação, durante este período parece que o bebê quer peito o tempo todo não é mesmo? Como falamos anteriormente, dentro do útero ele recebia alimento constantemente via cordão umbilical. Por isso ele ainda não consegue controlar os horários de mamada. Assim, é importante manter a livre demanda.
Fique tranqüila que aos poucos ele vai estabelecendo uma rotina. E lembre-se: bebês não sugam o peito só para conseguir alimento. Eles têm necessidade da sucção não nutritiva, que acalma e traz segurança (falamos um pouco mais sobre isso aqui). E também será a sucção do bebê que irá regular sua produção de leite. Por isso, ofereça o seio sempre que o bebê quiser. As outras estratégias que citamos ajudam a tranqüilizar o bebê, e tendem a diminuir essa vontade de ficar no peito o tempo todo.
Outras técnicas que trazem tranqüilidade e ajudam o bebê a lembrar do ambiente uterino são o banho de balde e a shantala. Imitar o som do útero (um shhhhh constante) também ajuda. Existem alguns aplicativos de celular com este som, mas o ruído de um secador de cabelos ou aspirador de pó são bem parecidos.
Resumindo um pouco tudo isso, existe o método 5s, que o pediatra Dr. Daniel Becker mostra no vídeo a seguir::
Não! Bebês não tem a capacidade de manipular os adultos. Eles não estão fazendo manha e não ficarão mal acostumados. Eles precisam se sentir seguros e amados para conseguirem desenvolver bem suas habilidades.
Entendemos que seja cansativo, e por isso reforçamos mais uma vez a importância da mãe ter uma rede de apoio, para que se dedique exclusivamente ao bebê. E logo essa fase irá passar e você sentirá falta de ter seu filho grudadinho em você. Em caso de dúvidas, entre em contato com a gente. Estamos à disposição para te atender!
Antigamente recomendava-se o preparo das mamas durante a gravidez para amamentação. Acreditava-se que era preciso “calejar” a pele, preparando-a para a pega do bebê evitando assim fissuras. Porém, atualmente já sabemos que a única prevenção de fissuras é a pega correta. As supostas recomendações para se preparar para amamentar, na verdade, em nada ajudam, pelo contrário, na maioria das vezes tornam-se prejudiciais para a amamentação.
O uso de conchas para ajudar a “formar o bico” não é eficaz. Mesmo que momentaneamente o bico fique um pouco mais protruso, logo ele retornará a posição natural. Isso também serve para seringas que puxam o mamilo. Não existe artefato artificial que modifique a anatomia humana. Além disso, o uso de conchas favorece o aparecimento de candidíase mamária, proliferação de fungos e bactérias, causando dor e desconforto. O ideal é deixar os mamilos bem secos e arejados. Existem vários tipos de mamilos (planos, protrusos, invertidos) e é possível amamentar com todos eles, com orientações e apoio de um profissional capacitado.
Os tipos de bicos
Alguns profissionais indicam ainda os exercícios chamados Manobras de Hoffman, que consiste em puxar o mamilo e girá-lo diariamente. Mas os estudos mais recentes mostram que isso não traz benefício algum.
Durante a gestação, as células ou Tubérculos de Montgomery (aquelas protuberâncias na aréola) produzem a hidratação e proteção natural para aréola e o mamilo. Ao esfregar a região com bucha ou toalhas ásperas estamos retirando esta proteção e favorecendo o ressecamento, o que pode causar feridas. O ideal é higienizar as mamas somente com água, como já ensinamos aqui. O uso de sabonetes pode alterar o pH natural da pele. O uso de cremes hidratantes (assim como as pomadas de lanolina) pode causar a obstrução de ductos e atrapalhar a pega, pois deixa a mama escorregadia. Além disso, a alteração no cheiro e no sabor causado por eles pode fazer com que o bebê recuse o seio. Deixe-o sentir seu cheiro e sabor naturais, isso é um atrativo para chegar até a mama que favorece a amamentação.
Tubérculos de Montgomery, responsáveis pela produção da hidratação e proteção natural da aréola e do mamilo
Já repararam que durante a gestação a pele da aréola fica mais escura? Isso ocorre devido à ação de hormônios que atuam no fortalecimento e aumento da resistência da pele. Mais um motivo para não interferir no que seu corpo já está produzindo naturalmente.
Mas afinal, então o que devo fazer para me preparar para amamentar? A resposta é bem simples, deixe que a natureza se encarregue disso! Leia bastante e informe-se sobre o assunto. Procure o apoio de profissionais capacitados e que realmente apóiem a amamentação. Suas mamas e seu bebê agradecem!
Os bebês vivem por aproximadamente 9 meses dentro do útero materno. Lá recebem alimento diariamente pelo cordão umbilical o dia todo, sem hora marcada.
Muitos fatores podem interferir na produção de leite materno. Alguns deles nós já falamos, como o uso de bicos artificiais, fatores emocionais, e a pega inadequada. Por isso é preciso uma avaliação certa do que está acontecendo para intervenção correta.